segunda-feira, 26 de outubro de 2009

VIVENDO POR VIVER - Marcio Greyck e Cobel

SEM MOTIVOS VOU VIVENDO POR AI
POR VIVER
MEUS VALORES TÃO CONFUSOS REPRIMIDOS
POR VOCÊ
TROCO PASSOS SEM SENTIDO PELAS RUAS
SEM SABER PRA ONDE IR
E VIVER JÁ NADA MAIS SIGNIFICA
ATÉ JÁ ME ESQUECI
VOLTO PARA CASA ONDE EU PROCURO
ME ESCONDER
DE PESSOAS QUE ACREDITAM MEUS PROBLEMAS
RESOLVER
MAS EU INSISTO EM CULTIVAR SUA PRESENÇA
MESMO SEM VOCÊ SABER
QUE AINDA ESPERO A CADA DIA A SUA VOLTA
É SÓ VOCÊ QUERER
AS LEMBRANÇAS
ME CHEGAM SEMPRE EM NOITES TÃO VAZIAS
E MEXEM TANTO COM MINHA CABEÇA
QUE QUANDO O SONO VEM O DIA JÁ NASCEU
A DISTÂNCIA
ME TIRA POUCO A POUCO A ESPERANÇA
DE TER VOCÊ COMIGO NOVAMENTE
E REVIVER AQUELE NOSSO GRANDE AMOR
TANTOS PANOS, SONHOS FEITOS EM PEDAÇOS
POR VOCÊ
QUE TOLICE TANTO AMOR DESPERDIÇADO
POR NÓS DOIS
E NA SOLIDÃO ME AGARRO A QUALQUER COISA
QUE AINDA RESTA DESSE AMOR
PRA SENTIR SUA PRESENÇA NOVAMENTE
SEJA COMO FOR
AS LEMBRANÇAS
ME CHEGAM SEMPRE EM NOITES TÃO VAZIAS
E MEXEM TANTO COM MINHA CABEÇA
QUE QUANDO O SONO VEM O DIA JÁ NASCEU
A DISTÂNCIA
ME TIRAM POUCO A POUCO A ESPERANÇA
DE TER VOCÊ COMIGO NOVAMENTE
E REVIVER AQUELE NOSSO GRANDE AMOR
AS LEMBRANÇAS
A DISTÂNCIA
AS LEMBRANÇAS

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

QUERO

Quero que todos os dias do ano
todos os dias da vida
de meia em meia hora
de 5 em 5 minutos
me digas: Eu te amo.

Ouvindo-te dizer: Eu te amo,
creio, no momento, que sou amado.
No momento anterior
e no seguinte,
como sabê-lo?

Quero que me repitas até a exaustão
que me amas que me amas que me amas.
Do contrário evapora-se a amação
pois ao não dizer: Eu te amo,
desmentes
apagas
teu amor por mim.

Exijo de ti o perene comunicado.
Não exijo senão isto,
isto sempre, isto cada vez mais.
Quero ser amado por e em tua palavra
nem sei de outra maneira a não ser esta
de reconhecer o dom amoroso,
a perfeita maneira de saber-se amado:
amor na raiz da palavra
e na sua emissão,
amor
saltando da língua nacional,
amor
feito som
vibração espacial.

No momento em que não me dizes:
Eu te amo,
inexoravelmente sei
que deixaste de amar-me,
que nunca me amastes antes.

Se não me disseres urgente repetido
Eu te amoamoamoamoamo,
verdade fulminante que acabas de desentranhar,
eu me precipito no caos,
essa coleção de objetos de não-amor

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

FRANCINE - SIGNIFICADO

FRANCINE

Significado:(frances) Forma diminutiva e francesa para Francis. (Latim) homem livre

Primeira Letra: F

Significado: Romântico (a), divertido (a) e cheio (a) de amor para dar, você quer que todos gostem de você, e não economiza gentileza e simpátia. Adora ser o centro das atenções e, da vida, quer apenas o melhor: dinheiro, poder, sucesso... Mas basta aparecer uma criança que seu coração derrete. Quanto ao lado negativo, bem, você tem um certo ar de mandão (dona) e pode se tornar muito egoísta se continuar se preocupando tanto com as coisas e com você. Afinal ninguém tem obrigação de ser perfeito.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

PARA MINHA MÃE

A coisa mais gostosa que existe na vida é você sentir-se amada, desejada. E minha mãe sempre me fez sentir assim.
Ela me conta que meu nome por exemplo ela estava andando na rua, indo para o trabalho, aos seus 14 ou 15 anos quando viu uma moça brincando com uma garotinha na rua. Essa menina fazia gracinhas pra mãe e a mãe dizia: "-Para Márcinha, vem cá Márcinha." E minha mãe olhando essa cena ficou apaixonada pelo nome e pensou:"-Quando eu tiver uma filha vou colocar esse nome. Márcia." Hunhun, minha mãe me desejou ter quando ainda tinha 14 ou 15 anos. Eu fico muito prosa quando ouso essa história, pois sei que ela sempre me quis. E eu vim, e vim do geitinho que ela pediu.
Minha mãe sempre foi prosa comigo, porque eu sempre fui sabida, desinibida, falante, inteligente até demais, e a minha maior característica: A Alegria. Eu sempre fui uma criança alegre.
Mas voltando um pouco no tempo, eu tive o prazer e a sorte de nascer de um casal que se amava e se respeitava, profundamente. E para meu pai, a primeira gravidez da minha mãe tinha que ser um menino mesmo, mas para não contraria-la ele também dizia que queria uma menina, e tudo de mais cheiroso e mais gostoso, estava na gaveta da Márcinha. Mas nasceu um menino, que eles ainda nem tinham pensado em um nome, e depois se decidiram em por Luiz Cláudio. meu irmão mais velho.
Mas o sonho da Márcinha não se apagou dentro do coração deles e nove meses depois, minha mãe estava grávida outra vez. Só que dessa vez ela disse que não sofreu nada, que ficou belíssima, e que tudo correu muito bem. No dia primeiro de agosto ela almoçou um quilo de filé minhon em forma de rosbife mal passado, sangrando. Meu pai, que ia almoçar em casa estranhou, pois ela não era chegada a mal passados. Ele voltou pra trabalhar, mas já desconfiado pois já estava na hora de eu nascer. Depois que meu pai saiu, minha mãe começou a sentir as dores, a bolsa estourou e as quatro horas e quarenta minutos eu nasci. Leonina com ascendente em aquário e a lua em sagitário. Eles, radiantes, comemoraram muito o meu nascimento. Minha vida sempre teve essa conotação de festa a maior parte do tempo, pois eu sempre fui a alegria da minha casa e sempre me senti muito amada por todos que eu conhecia. Eu digo aparente, porque depois dos meus seis anos de idade eu comecei a dar problemas, e problemas que só quem me amava de verdade pode suportar.
E minha mãe suportou. Tres anos de tratamento psiquiátrico, por causa de terror noturno.
Depois acharam que era algo espiritual e ela começou a fazer trabalhos de umbanda e candomblé e foram mais ou menos 17 anos de sofrimento, pois o terror noturno foi encarado como vidência e mediunidade. Mas apesar disso tudo minha mãe não permitiu que eu não tivesse uma vida normal. Quando iamos a algum lugar onde ficavam muito impressionados com as coisas que eu dizia, impressionados com as coisas que eu descrevia que via, ela não voltava mais lá, e me dizia que eles(OS PAIS DE SANTO E MÃES DE SANTO) que não tivessem visto a mesma coisa que eu não ia poder me ajudar. Nós nos afastava-mos e ela me fazia ter uma vida o mais normal possível. Fiz o colégio, o segundo grau e a faculdade de comunicação social, com especialização em Jornalismo e Editorações nas Faculdades Integradas Estácio de Sá. E em tudo passei com louvor, apesar das interrupções que ocorriam de tempos em tempos. Mas isso não me impediu de fazer parte do grupo de dança do colégio Pedro II - Unidade São Cristovão com a professora Diana Magalhães. Com esse grupo de dança montamos vários espetáculos entre eles posso destacar Epopéia Negra, Epopéia Nordestina e as comemorações do natal da rede globo, onde nós participávamos da festa da chegada de Papai Noel no Maracanã.
Logo que ela começou a me ver crescer ela percebeu que eu tinha tendência a engordar e me entusiasmou a usar cinturitas, modeladores, cintas, simpatia pra fazer cinturinha de pilão, e dieta, porque ela como sempre foi muito elegante, sempre com corpinho de manequim, não me queria com problemas na adolescência e na mocidade, por isso desde os nove anos ela começou a modelar o meu corpo. E sem nenhuma modéstia digo hoje que ela teve muito sucesso. Sempre tive um corpo belíssimo e sempre foi motivo de orgulho, tanto pra mim quanto pra ela.
Eu desde que nasci era chamada de sua boneca e ela brincou muito com essa bonequinha aqui, enfeitou de todas as formas e maneiras e por isso eu sempre andei bem vestida e na ultima moda. Poucas vezes repetia roupa, ela fazia novas pra mim toda semana. Eu era sua modelo viva, tudo que ela fazia pra mim, caia como uma luva, ficava perfeito. O fato de eu ter nascido grande e de ter puxado toda ao lado do meu pai, me fez perder a infância muito cedo, sempre grandona , mas com pouca idade. Isso provocou fatos hilariantes com minha mãe, eu e meu irmão mais velho. O trocador do ônibus, por exemplo, queria que eu pagasse passagem e ela dizia que não ia pagar porque eu não tinha mais de cinco anos, e se ele insistisse, ela xingava até a decima geração do cara. Ela defendia todo mundo que tivesse razão mesmo que ela não conhecesse a pessoa, se metia no assunto e acabava xingando e brigando com todo mundo. Uma vez nós estavamos comprando tecidos numa loja e o vendedor não entendia o que ela estava falando, ai eu disse pra ela um dos nossos códigos:"- Mãe G.B.O". Gente ela teve uma crise de riso, mas ela ria tanto, que o vendedor ficou sem graça, eu já tava ficando com vergonha e ela não parava de rir. Querem saber por que? porque G.B.O significa grende , bobo e otário e foi a primeira vez que ela tinha me ouvido usar essa expressão. Tudo ela podia, tudo ela fazia, nada pra ela era impossível. Ela é a minha MULHER MARAVILHA: FORTE , PODEROSA, INTELIGENTE E SENSITIVA(percebia tudo o que estava acontecendo de longe e sempre sabia o que fazer pra resolver os problemas).
E a sintonia que existe entre nós? Chega a ser invejável a amizade entre nos duas, aos olhos de outras mães. Ela , como sempre muito prosa, não se cansa de dizer o quanto eu sou perfeita, e ela é, eu não sou não, mas sempre prezei nossa amizade. Ela sempre me disse que eramos amigas e que seriamos sempre; mas, se um dia ela percebesse que eu a havia traído eu perderia a amiga e só teria a mãe. E esse sempre foi um dos meus maiores medos, pois eu sei que ninguém seria melhor amiga pra minha mãe do que eu. Mas ela me respeita e tem coisas que ela não quer saber, por isso não pergunta e eu não comento. Assim ninguém se mágoa. Mas mesmo eu sabendo que ela não gosta de alguns assuntos, mesmo assim , as vezes eu toco em alguns pontos e ela responde, mas como eu sei que incomodam, eu os evito. E por causa dessa verdadeira integração espiritual, as vezes eu chego, ela está comentando sobre um certo assunto com alguém e me faz uma pergunta. Imediatamente eu já sei o que fazer e como me comportar. Depois do ocorrido nós rimos muito juntas e reafirmamos nossa cumplicidade.
Depois que eu me formei, não tive sorte pra trabalhar na profissão. Fiz vários estágios, mas nenhum deles se converteu em emprego fixo. Passei um ano em casa, entregando corriculun de lá pra cá e cuidando da nossa mais nova aquisição: Meus pais adotaram um bebe e o Rodrigo passou a ser a razão da minha vida. Mas só cuidar do Rodrigo, estava me deixando muito triste. Eu queria trabalhar, ganhar meu próprio dinheiro, e isso não estava acontecendo.
Minha mãe, havia já alguns anos, tinha montado um salão de beleza e sempre fui eu que fazia a contabilidade do salão, e para me manter mais animada ela disse que ia me contratar, e que até que acontecesse de alguém me chamar eu iria trabalhar com ela. E assim, para o nosso maior conforto ela montou no salão, uma casa pra gente. O Rodrigo ganhou uma cama, uma tv, um vidio game, ela montou uma cozinha completa na parte de traz do salão, com fogão, geladeira, mesa e armário onde ela fazia comida pra gente fresquinha todos os dias. Até meu pai passou a ir almoçar no salão de tão bom que era. Além disso tudo ela ainda ganhava dinheiro, tinha oito funcionarias, produzia o próprio shampo, creme, condicionador e creme de massagem, sua especialização era cabelos das negras e naquela época isso era muito difícil, nós nos sentíamos a vontade, e sentir nossos cabelos com brilho, bem tratados e principalmente lisos e balançando era uma revolução e isso foi sensacional. Ela foi muito bem sucedida como empresária. Foram mais de 20 anos de INSTITUTO DE BELEZA SHEIMAR LTDA. Ela é uma excelente profissional e sabe exatamente o que fazer com cabelo de negras. Ensinou muita coisa pra muita gente, pois ela é do tipo de profissional que segue o conceito de que seu cabelo tem que estar sempre bem, até o momento em que você ao salão. Então, para que as clientes não fizessem besteiras, ela ensinava tudo o que podia e o que não se podia fazer. Treinou todas as funcionárias que trabalharam com ela. Fez delas profissionais. Muitas delas, hoje, tem seus próprios salões e sustentam suas familias com o que ela ensinou. O salão acabou quando uma serie de traições e roubos, foram acontecendo. Ela foi traía pela melhor amiga, que ela tinha colocado pra trabalhar com pra poder ajuda-la, pois ela estava com problemas com o marido. Essa mulher roubou, traiu, enganou, mentiu, atuou como uma atriz que mereceria um oscar, foi falsa, uma verdadeira cobra. Igual a ela, pra vocês terem uma idéia, o que me vem a cabeça é o relacionamento da Irene com a Flora na A Favorita. Quando ela descobriu tudo que vinha sendo feito a anos, entrou em depressão. E para se libertar aquela mágoa contava tudo pra toda cliente que entrava no salão. Diminuiu o numero de funcionárias e cada uma que ia saindo ia levando um pouco das clientes consigo e antes de ter que falir, eu sai, fui trabalhar em outro lugar e ela fechou a firma, alugou uma casa e foi trabalhar nela. Sempre forte e determinada, sem se deixar abater, luta todos os dias por todos nós. Nesse meio tempo perdemos o papai. Isso quase nos derrotou e tudo por causa do senhor FERNANDO COLLOR DE MELO, que roubou o dinheiro que ele tinha economizado por 42 anos para a sua aposentadoria. Dois anos depois dele definhar, o coração resolveu que não queria mais e resolveu parar. Infarto do miocárdio. É duro até hoje, mas ela reagiu e nos fez reagir e reconstruiu a familia. Mas até hoje, quando ela fala do seu casamento ela diz que não se casou, ganhou na loteria sozinha.
Depois que papai morreu e o salão fechou, nossa vida financeira se modificou muito. Eu trabalhava como vendedora de moveis e passei a ajuda-la a sustentar a casa. Mas como eu não tinha e não tenho até hoje, nenhuma experiência em gerenciar uma casa, eu tomei uma decisão: Ensinei a ela a fazer tudo com relação ao banco, dei a ela meu cartão e ela tomava todas as atitudes: Recebia meu pagamento, pagava as contas, fazia as compras, dizia o que era e o que não era possível fazer. Minhas amigas costumavam dizer que eu a explorava e eu respondia:"- Gente ela gosta". E é verdade! Ela gosta de dinheiro. Como gosta. Manuseia, pega empréstimos, paga, faz compras que agente não acredita que vai conseguir pagar e quando vê já terminou de pagar e ainda faz o impossível: Arruma dinheiro pra eu sair e me divertir. Essa é a minha mãe? Não essa é minha melhor amiga. Minha mãe aparece agora. Sabe aquelas horas em que você acha que nada mais tem solução e que você está rodeada de pessoas que amam você e que você vai poder contar com elas nesse momento difícil? Essa hora chegou na minha vida e eu vi que não tinha ninguém, só a minha MÃE.
Nesse momento vi que não lhe dava o devido valor. Não valia á pena amar as outras pessoas, que só vale apena amar quando ele é incondicional e verdadeiro. Eu deveria fazer coisas pela minha mãe, mas essas coisas é ela que faz por mim. Tive uma enfermidade, fiz quatro cirurgias na coluna e na segunda vez passei 67 dias no hospital por conta de uma infecção hospitalar. Por causa dela tive que fazer a terceira cirurgia, tive que colocar uma bomba na ferida cirúrgica que passei 21 dias com ela, fiz 4 buscas de veia profunda, tive agua no pulmão, o coração cresceu, tive um calo nas coronárias e por fim peguei um vírus diferente que me fez começar mais 14 dias de antibióticos. Estou contando isso pra vocês para mostrar o quão forte é essa mulher. Ela não me deixou só, nem um dia se quer no hospital, me visitava todos os dias, com chuva ou com sol ela estava lá. Só ela. Mais ninguém.
Depois eu ainda fiz outra cirurgia na cervical e hoje me encontro em restabelecimento, mas não consigo fazer nada com os braços. Então hoje minha mãe que já foi minhas pernas, hoje é tudo: Braços, pernas, cabeça e coração. A ela eu dedico todo o meu amor, minha fidelidade e principalmente o meu muito obrigado.

MEU AMOR DE CARNAVAL - PARTE DOIS

Na semana seguinte foi a vez dele me surpreender outra vez. Numa das vezes que ele me telefonou, minha mãe atendeu e o convidou pra jantar com a gente um dia desses um frango com quiabo. E qual não foi minha surpresa, quando numa sexta feira, toca a campainha, eu correndo pois ele estava pra chegar, abro a porta e do de cara com ele. Gente fiquei sem graça, verde, amarela, pois agente já namorava a mais de um mês e ele não tinha subido em dia nenhum. Minha mãe passa a minha frente e o recebe com todo carinho, meu pai vem na porta também recebe-lo até o Rodrigo, meuirmãozinho veio conhecer "meu amigoPulinho" como ele o chamava. Eu estava pasma , fiquei mais ainda e foi aí que me explicaram que era uma surpresa, que tinha vindo conhecer a família, e no meio do jantar, eu quase morri, ele me pediu pra namorar para os meus pais, e meu espírito quase larga o meu corpo, quando meu pai disse que não. Ele explicou que eu era sua jóia mais cara e que por minha vontade ele poderia continuar a me encontrar, mas ele deixar ele me namorar, era me colocar na mão dele e que pra que isso acontecesse precisaria de confiança, e o que existia no momento era só uma simpatia. Que ele ia deixar pra responder essa pergunta mais tarde. Eu pensei que ele fosse ficar muito constrangido, que o ambiente fosse ficar pesado, mas que nada, ele apertou a mão do meu pai, disse que tinha orgulho de te-lo conhecido, que tinha aprendido muito naquele dia. Que ia fazer de tudo para ser digno do sim. O tempo foi passando e eles ficaram muito amigos.
Foram lindos dias, meses inesquecíveis mas logo depois do aniversário do Rodrigo(sete desetembro) ele sumiu. Não ligava mais. Marcava e não aparecia. Quando eu ligava me tratava como se tivesse me visto num dia anterior, mas não aparecia. Eu, com o meu orgulho, parei de ligar e de pedir. Sofri muito. Procurei explicações. Fui na casa dele, mas ele não estava lá e não me retornou, botei o orgulho de lado e perguntei o porque do afastamento e ele me perguntou:"-Que afastamento?" Disse que ele estava louco e pensando que estava me fazendo de boba. Parei de procura-lo no dia primeiro de dezembro(aniversário dele), estava com tanta saudade que mandei um presente e marquei um encontro. Ele foi e eu só fiz uma pergunta: Por que? Ele me respondeu que não tinha nada pra me oferecer, que eu era filha de papai rico e ele um assalariado que ganhava mal ainda por cima. Que o cunhado dele havia dito pra ele terminar comigo o mais rápido possível, eu era uma menina, ele tinha mexido comigo e não ia poder me proporcionar tudo o que minha família proporcionava e do jeito que eu estava apaixonada podia ter a infeliz ideiade me entregar e engravidar. Fiquei decepcionada com a fragilidade da confiança dele em mim. Ao invés de conversar-mos ele fez exactamente o que o cunhado dele havia mandado. desse um jeito que eu pensasse que eu estava terminando. Idiota! Foi o que eu disse pra ele. Meu pai tinha planos para ajuda-lo na sua profissão, ele autónomo faria o próprio salário, quando eu disse pra ele o que era, ele quase me pediu pra voltar, mas já estava tudo perdido. Tudo terminado.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

MEU AMOR DE CARNAVAL - PARTE UM

Eu estava passando por momentos perfeitos naquele fevereiro de 1985, foi a época que fui mais bonita. Tinha acabado de me formar em Jornalismo e Editoração pela Faculdade de comunicação social Estácio de Sá. Ganhei de presente do meu pai meu primeiro carro: Um fusção meio cor de rosa meio cor de abóbora e da minha mãe uma fantasia pra desfilar numa escola de samba. A Tradição. Na época era moda, todos queriam desfilar na escola dissidente da Portela. E para completar conquistei um estágio no Globo. Tudo caminhava muito bem e no dia do desfile, eu literalmente linda, com corpo perfeito, no melhor momento da minha beleza, fui literalmente arrebatada por um homem. Bonito, envolvente, que logo que pôs os olhos em mim, decidiu que me queria, que não poderia me perder de vista e que iria-mos conversar no final do desfile. E assim se deu. Durante o desfile, ele ficou tomando conta de onde eu ia, o que eu fazia, como me divertia e sambava(coisa que modéstia a parte faço muito bem). Eu estava adorando; cá pra nós, paquerar é às vezes é muito melhor do que o namoro em si, e eu estava me sentindo. Estava com uma fantasia linda, que valorizava meu corpo curvilíneo, com pessoas em animadas e divertidas ao meu lado, e um homem lindo, não querendo me perder e vista. Em plena dispersão da Tradição, logo após a praça da apoteose ele me pegou e resolveu que iria ficar comigo de qualquer maneira, a qualquer custo.
Nada do que eu dissesse naquela hora, o faria mudar de ideia, ele estava muito determinado, então não me restou outra alternativa a não ser contar a verdade. Disse a ele que gostaria de conversar, dei a ele meu telefone e disse que meu motorista estava me esperando, porque eu era filhinhade papai e mamãe, era o meu primeiro desfile, eles tinham me deixado sozinha, mas eu ia encontrar com outros amigos, que já estavam me esperando, e antes que ele insistisse mais eu contei que seria a primeira vez, e que para esse momento eu tinha grandes planos. Ele primeiro riu. Não acreditou. Depois ele ficou serio e me disse que era só eu negar e ele não tocaria mais no assunto. Eu não reagi. Fiquei olhando pra ele também seria e aí ele começou a acreditar. Disse que era mentira. Que ele nunca tinha namorado uma virgem e que não acreditava. Eu respondi que infelizmente não poderia provar se não.... Ele riu e concordou, mas disse que mesmo assim não ia me perder de vista.
Marcamos um encontro pra depois docarnaval, mas e eu fiquei muito feliz quando ele me ligou no domingo de carnaval,(a Tradição desfilou num sábado) , só pra confirmar meu telefone e para ouvir minha voz mais uma vez. Iííí Gostei. Gostei muito. Mais do que eu deveria. Mas era meu ano e eu só estava preocupada comigo. Queria me divertir tudo de uma vez. Tudo o que eu tinha deixado de fazer por quatro anos, eu quis me divertir naqueles dias de carnaval e assim eu fiz. Só fui me lembrar dele novamente depois do sábado das campeãs, quando ele me cobrava a confirmação do encontro. Tudo bem! Vamos ver o que esse cara quer. Como já foi a segunda vez que ele ligou? Resolvi dar uma chance pra essa tentativa de relação séria. E foi a melhor coisa que eu fiz na vida; se não fosse por essa decisão, a história acabaria aqui.
No dia que nós marcamos, fiquei nervosa de ele não ser mais quem eu ainda me lembrava e de eu ser diferente daquela mulata, quase pelada, que ele viu na Marques de Sapucai, e por isso vesti um longo, marcava meu corpo todo, mas cobria tudo. Quando ele chegou, eu já estava esperando na portaria do meu prédio, chovia muito, mas eu fiz questão que ele entrasse no prédio para me pegar. Quando vi aquele moreno entrando na portaria, molhado, mas com um sorriso de dar um laço encima da cabeça, minha insegurança acabou. Lindo! Cabelos compridos e revoltos na altura dos ombros, bigode com cavanhaque, olhos negros como a meia noite, pele clara e cara de safado. Eu tinha certeza de que ia me apaixonar. Se o papo fosse bom como era a situação, eu estava perdida. E ele já começou bem, me fazendo rir, mandando a cantada mais velha que existe:"- Eu acho te conheço de algum lugar!. Ahahahah.
E ele? O que ele demonstrava? Hoje eu vejo que ele também estava encantado. Uma garota! Se fosse uma mulher..., mas uma garota, com vinte e um anos, criada dentro de uma redoma de vidro, pura até de coração? Isso era um achado. E ele não poderia perder a chance de estar menina assim.
Foi perfeito: Me levou para o Amarelinho deCascadura, me falou do trabalho, das perspectivas de progredir na vida, mostrou na carteira as fotos da mãe e do pai(já falecido) e dos sobrinhos, por quem ele já era apaixonado. Falou dos irmãos, me deu o telefone da casa dele e por fim perguntou se era o suficiente para poder me namorar. Nossa! Eu imediatamente disse que sim e aí a história mudou de novo; se nessa hora eu tivesse dito não, não teria aprendido o que era o amor. Porque foi ele o grande amor da minha vida. Eu amei outras vezes sim, mas nenhuma foi igual a essa. Dizem que o primeiro amor agente nunca esquece, é verdade, não esquece mesmo. Já se passaram vinte e um anos e eu ainda penso nele.
Namoramos por seis meses, mas foram muito intensos. Logo no sábado seguinte ele me levou pra conhecer a mãe e os irmãos solteiros e no domingo me levou pra conhecer a irmã casada, o cunhado e os sobrinhos. Foi muito divertido. Eu e ele começamos a brincar com as crianças, elas me adoraram. A irmã, completamente diferente dele: Loira de olhos verdes, lindíssima , mas simples demais me recebeu de braços abertos, mas foi o cunhado dele que estragou tudo, naquele dia eu ainda não sabia disso, mas seria ele que iria acabar com a minha alegria. Foi por causa das opiniões que ele deu, que meu romance acabou. E posso dizer também que por insegurança do meu amor, pois por medo, ele renunciou a nós. Fui muito bem recebida por ele, principalmente porque ele dizia que nós dois éramos os únicos da cor na família, que nós teríamos que nos unir contra os brancos. Era eu , ele, e as crianças(Marco António, Patricia e Renata) contra meu namorado, a irmã dele mais velha e a irmã do meio(essa morena de olhos azuis). Juntos brincávamos de queimado e a gente sempre ganhava, porque eles tinham pena de queimar as crianças e elas se aproveitavam disso. Foi um fim de semana maravilhoso. Me senti muito bem recebida por todos, até pelo irmão dele, o segundo(loiro de olhos azuis), que me pareceu meio arredio, mas que logo depois se enturmou e disse que tinha gostado de mimNaquela época, eu tinha uma aparência que impressionava, papai e mamãe compravam tudo o que eu queria, estava sempre muito bem vestida, mas como não havia sido sempre assim, e tendo recebido uma boa educação dos meus pais, soube me comportar muito bem com todos e foi isso que o conquistou, apesar da minha aparência refinada eu era mesmo é pobre. Fiquei muito feliz. Tive medo de não ser bem recebida. De sofrer preconceito, mas ao contrário, fui recebida com muitos elogios e muito carinho. A família dele gosta da cor.